quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Em tempos de internet

Me surpreendia muito na comunidade que fui. Nós, na faculdade, na grande mídia, falamos tanto de internet, de twitter, de revolução 2.0 e de várias coisas altamente tecnológicas. Mas algumas vezes nos esquecemos de uma grande parte da população do Brasil, afinal, nosso país não é só o sul e o sudeste e não é só composto pelas classes média e alta. O Brasil é muito grande, tem muita gente.
E lá na comunidade uma das principais fontes de informação é o rádio. Sim, o rádio! As pessoas mal tem energia elétrica, eles não tem nem como ligar uma TV direito. Eles escutam tudo por rádio.
Na conversa com o Seu Salustiano achei incrível que conversamos sobre os acidentes de barco que houveram recentemente, e ele soube de tudo por rádio, e com profundidade.
Eu sou um grande admirador da internet, minha vida profissional espero que seja pautada por este meio. Mas a viagem aqui me fez abrir os olhos para o antigo rádio, que para mim estava em plena decadência, e em alguns momentos na faculdade nós até pensamos isso mesmo.
Dizemos que o rádio está mudando por causa da internet. Mas e os lugares onde as pessoas nem sabem o que é um computador?

2 comentários:

  1. Sou fã de rádio e já trabalhei com essa mídia. Minha opinião é que não se deve desvalorizar este meio pois fazemos parte de uma cultura com base oral, além dos problemas sócio-econômicos escritos pelo aventureiro Dacal. Só acho que o profissional é muito desvalorizado.
    Espero que com o rádio digital, tenhamos melhoras significativas não só na qualidade técnica do meio, mas dos profissionais, do conteúdo...

    DACAL, parabéns. Continue trazendo esses detalhes de conversas, de suas experiências. Todos nós estamos vivenciando essa experiência com você. Se puder filmar algo, seria show!

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  2. Excelente reflexão. Minha vivência no trabalho de campo sempre me mostra que muitas vezes, no aconchego da academia, a gente não sabe muito o q está acontecendo na vida das pessoas de forma geral. Por isso sou fã incondicional da etnografia, da experiência do campo, ela nos faz entender o outro, perceber sua vivência, nos abre para a empatia de experimentar olhar o mundo com os olhos do outro, quando isso é possível. Muito bom ver suas reflexões! Repito o coment acima: "Parabéns, continue trazendo esses detalhes de conversas, de suas experiêncas". bjos grandes.

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